Image Map

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Capitulo 7

Capitulo 7

 Andava por aquele local lotado, o cheiro forte de bebida. A musica era alta, podia sentir o chão tremer conforme as batidas, quase não conseguia passar, as pessoas dançavam e a empurravam, quando finalmente ela saiu daquele ninho avistou Ágata no bar, ela foi até a amiga.

- Oi!
- Você chegou. - Notou a voz alterada da menina.
- E vejo que você já esta curtindo. - Jennifer disse rindo. 
- É. - Sorriu. - Agora que chegou vamos dançar. - a puxou. 

///

 Jennifer dançava conforme a batida, Ria com a amiga, e sentia calor, agora não se importava com o aperto e nem com as pessoas se esbarrando.

///

- Quieta! - Jennifer apoiava a amiga que estava bêbada. - Por que foi beber tanto em menina? 
- Acho que vou vomitar.
- Não agora por favor.
- Meu estômago... 
- Ágata. - Mais a menina se virou pro lado e vomitou. - Meu deus. - Segurou o cabelo da amiga. Quando a mesma se acalmou. - Vou te levar pra casa. - 

 Deu sinal para um taxi e entrou com a amiga, assim que a deixou em casa foi para a sua. Pagou o taxi e subiu pro seu apartamento, ela foi para um banho e ficou pensando. Nesses últimos dias ela chegava na sala de aula cedo, e vivia conversando com Thiago, o mesmo sempre a olhava de certa maneira, Diferente! Ela sorriu, ele podia ser serio, porem sabia que ele poderia fazer loucuras. Mais desviou esses pensamentos, era só olhares, nada mais, se enrolou na toalha e saiu do banho, quando ouviu batidas na porta, se assustou e abriu apenas metade, vendo ele.

- Thiago?
- Será que posso entrar?
- Sim. - Abriu a porta, ele entrou, quando ela se virou notou o olhar dele em suas pernas, logo se arrependeu de ter o deixado entrar. - Vou trocar de...
- Não... é rápido. - Ela o olhou.
- O que?
- Eu briguei com ela...
- Olha, sei que é bom conversar, mais me deixe colocar uma roupa e eu juro que venho escutar tudo que você tem a me dizer. - Se virou mais ele segurou seu braço.
- Por favor. - A puxou a fazendo bater contra seu corpo, ela o olhou com a respiração alterada.
- Thi-ago, por favor... - Mais não adiantou, ele a olhou, seu olhar era de puro desejo, ela engoliu o seco, sentiu  algo estranho, o ambiente foi ficando quente. - E-u, preciso. 
- Tem certeza? - Ele perguntou, sua voz rouca de excitação, ela mexeu a cabeça positivamente, e ele afrouxou seus braços da volta de seu corpo, mais a mesma ficou parada, ainda olhando em seus olhos. - Acho que você não quer. - Olhou as mãos dela que agarravam sua camiseta e sorriu. Ela notou e quando foi solta-lo ele a abraçou de novo. - Acho que nós dois sabemos que não tem como negar. - Se aproximou encostando seus lábios e falou roçando eles - Que queremos isso. - E a beijou. 

 Ela sentiu a língua dele penetrar sua boca, seus lábios mordiscando os dela, o beijo era rápido, mais sensual, ela sentiu uma onda de prazer, ela não conseguia ter reação a não ser beija-lo da mesma forma, suas mãos puxaram o cabelo dele, ela sentia ele a apertando mais, e mais. 

- Deus Jennifer onde é seu quarto? - A soltou e a olhou, ela viu seus lábios inchados e imaginou os seus como deveriam estar. Não podia fazer aquilo, ele tinha família, ele tinha uma mulher, céus, ele tinha um filho. Mais sentiu sua cintura ser apertada e gemeu.
- Primeira porta a direita. - E então estava sujeita a ir até o fim.

 O caminho até seu quarto não demorou segundos, ele a jogou na cama ficando por cima e voltou a beija-la, a boca dela era tão pequena, e a sua a cobria inteira. Ele tirou a toalha dela, e observou seu corpo, seu cabelo ainda estava molhado, pequenas gotas ainda estavam no vale de seus seios, e ele abaixou, passando os lábios nas gotas, Jennifer gemeu, ele deu beijos em seu busto, pequenas mordidas, e leves chupões, mais ela sentiu ele se afastar, e no segundo em que ela apenas fechou os olhos se acalmando, ele voltou a ficar por cima dela, e ela pode sentir sua nudez, e sentir o tamanho do membro dele roçando sua coxa, ela sentiu novamente aquela excitação, e tudo aumentou, quando os dedos ágeis dele acariciou sua parte intima. Ela gemeu alto, sentindo aquela caricia, e fechou as pernas, prendendo a mão dele lá, o obrigando a continuar, ele apenas observava as reações da menina, via suas expressões e o modo como mordia os lábios e fechava os olhos, ele sentiu seu liquido escorrer em seus dedos e sorriu, capturou os lábios dela a sentindo mole, e assim que viu que novamente ela estava excitada ele a penetrou, forte e fundo, ela grunhiu, o prazer foi as alturas, sentia que podia gozar novamente em segundos, ele saiu e entrou novamente, ele gemeu, ela era tão apertada e quente, Ele colocava fundo, e logo pegaram um ritmo.

domingo, 6 de outubro de 2013

Capitulo 6

Capitulo 6

 Jennifer andava pelo corredor, estava atrasada, bateu na porta e o professor atendeu. Thiago a deixou entrar, ela se dirigiu para o lugar e pegou seu caderno. Anotava tudo da lousa e recebeu um papel na cabeça, abriu e leu, era de Ágata. Sorriu e voltou a prestar atenção na aula.

- Hoje vamos ter uma aula diferente, vamos formar duplas, eu escolherem, serão mistas. - Ele falou os nomes, Como Jennifer era sua ajudante, ela ficaria com ele, um sentou de frente para seu par. - Hoje vamos ter nossa primeira sessão, um de cada vez, conversara com seu par, e tentara decifrar cada um.

 Todos estavam gostando daquela avaliação, Mais Jennifer estava confusa, apenas olhava Thiago, não conseguia decifrá-lo, ele estava estanhando o comportamento dela.

- Esta se sentindo bem? - Ele perguntou.
- Estou, desculpa.
- O que você tem?
- Não consigo decifrá-lo, seus olhos não brilham que nem nas aulas anteriores. - Thiago olhou a menina em sua frente, se surpreendeu com a resposta da menina.
- Acha que tem algo acontecendo comigo?
- Sim, sou acostumada a olhar em seus olhos e ver os mesmo sempre brilhando, agora parecem tão tristes, o que você tem Thiago? - Ela perguntou.
- Estou passando por um momento não muito bom em casa.
- Algo com sua família? - Ela estava curiosa.
- Talvez.
- Não se sente a vontade falando sobre isso? - Ele olhou em seus olhos.
- Não aqui. - Ela sentiu suas bochechas queimarem. - desculpa, não quis...
- Tudo Bem! - Ela disse - acho que terminamos por aqui. 
- Sim. - Ele se levantou. 

***

 Jennifer saiu da faculdade e seguiu pela calçada, viu um carro parar ao seu lado e olhou, quando o vidro abaixou viu Thiago.

- Quer uma carona? - Ele falou, Jennifer o olhou e acabou entrando no carro. - me impressionei hoje na aula, você foi boa.
- Obrigado. - Ela estava um pouco desconfortável.
- O meu maior problema é meu casamento. - Ela se surpreendeu quando ele disse.
- Sua mulher?
- Acho que não a amo mais.
- As vezes é apenas uma fase.
- Ela não tem a menor noção de como cuidar de nosso filho ela...
- vocês tem um filho?
- Sim.
- Acho que por ele você deve aguentar tudo né?
- Basicamente. Queria fazer dar certo. - Ele disse, Jennifer mostrou seu apartamento e ele estacionou.
- Quer subir? - Ela disse - podemos conversar melhor lá em cima.
- Tudo Bem.

 Subiram, e Jennifer ofereceu café, ela pediu para ele a esperar e foi trocar de roupa. Assim que terminou voltou para a sala, se sentou e apenas ouviu tudo o que ele tinha a dizer. Não viram as horas passando, começaram outro assunto, ela contou mais sobre sua vinda até a cidade, e conversaram sobre tudo.

- Preciso ir. - Ele se levantou.
- Te levo até a porta. - Ela se levantou e o levou até a porta.
- Obrigado.
- Não foi nada. - Ela sorriu.
- Até amanhã.
- Até...

 Ele se foi e ela se jogou no sofá assistir televisão.

***

 A campainha tocava, Jennifer acordou e correu atender, quando abriu a porta viu Ágata.

- Ei menina. - Ágata entrou sorrindo. - Vi você pegando carona com nosso professor.
- Ah, sim, estávamos conversando.
- Conversando é? Sei.
- Ele tem uma mulher e um filho Ágata.
- E?
- Menina você só pensa nisso. - Riu
- Mais agora vamos ter um papo serio.
- Manda.
- Sábado tem festa. - Fez uma dancinha engraçada e Jennifer riu. 
- Você é louca.
- E você vai comigo.
- não sei, preciso estudar.
- Menina, você tem que se divertir.
- ok. Eu vou, mais só para te acompanhar.
- Ah! ok. 

 Conversaram e logo depois Ágata foi embora. Jennifer tomou um banho e foi dormir. Nem viu o tempo passar.

sábado, 10 de agosto de 2013

Capitulo 5

 Havia passado 2 semana. Thiago chegou em sua casa depois de um dia cansativo na faculdade. Subiu as escadas e encontrou o filho dormindo em seu quarto, estranhou, viu uma carta na cama.

'Saí para uma reunião na casa da Sara, deixei tudo na geladeira'

 Thiago desceu nervoso, o que ela pensa que estava fazendo deixando uma criança sozinha em casa!?Pegou o telefone e discou os números da casa de Sara, mais ninguém atendeu, esquentou sua comida e jantou, quando subiu viu que o filho ainda dormia, colocou suas coisas em cima da mesa do quarto e se sentou começando a planejar a aula do dia seguinte.

***

- Cheguei! - Laura falou entrando no quarto.
- Fale baixo que Manuel está dormindo.
- Ainda?
- Também estranhei.
- Dei um remédio para ele.
- Que remédio? - Ele a olhou.
- De gripe, dizem que da sono na criança, e como eu não queria que ele acordasse sozinho dei a ele.
- Você deu um remédio para o menino dormir? - Ele levantou.
- Sim. 
- VOCÊ FICOU MALUCA?
- PARA DE GRITAR COMIGO!
- POR ACASO VOCÊ JA PAROU PRA PENSAR QUE ELE É UMA CRIANÇA E NÃO UM ANIMAL?
- EU SEI O QUE ELE É.
- ENTÃO POR FAVOR, PARE DE SE COMPORTAR FEITO UMA VERDADEIRA CRIANÇA E SEJA UMA MÃE DE VERDADE.
- EU SOU UMA MÃE.
- MÃE NÃO TRATA SEU FILHO COMO UM BICHINHO DE ESTIMAÇÃO LAURA, JA PAROU PARA PENSAR NO QE VOCÊ FAZ PARA ESSE MENINO. - Segurou seu braço.
- Me solta. - Ela disse entre os dente.
- Papai. - Thiago viu o filho assustado vendo a cena. Soltou o braço da esposa.
- Vamos pro seu quarto. - Thiago disse calmo pegando Manuel no colo e o levando em direção a saída. Antes parou e olhou Laura. - Tenha consciência que você esta acabando com nosso casamento aos poucos. - A mesma abriu a boca mais não conseguiu dizer uma palavra, ele saiu com o filho deixando a esposa sozinha no quarto.

***

 Thiago estava na cozinha com o filho, o mesmo havia reclamado de fome e agora comia um sanduíche preparado pelo pai.

- Papai, já ouviu a história do Peter Pan?
- Sim.
- Assistimos um filme hoje dele na escola. Se eu tiver pensamentos positivos será que eu posso voar também? - Thiago sorriu.
- Não sei. - Passou a mão nos cabelos de Manuel. - Poderíamos tentar.
- Serio? - Olhou o pai animado.
- Sim.

 O menino terminou de comer e foi pro quarto com o pai, ele puxou Thiago para cima da cama.

- Tem que ter pensamentos bons. Vou pensar naquele dia em que fomos pescar com o vovô. - Manuel disse e o pai sorriu. - E você?
- Vou pensar em Bolo de chocolate com cocô! - O filho riu. - Na verdade o papai não consegue ter muitos pensamento bons hoje, por que você não tenta primeiro e eu vejo?
- Ok. - Thiago desceu da cama e ficou na ponta, viu o filho correr e pular, Thiago o pegou no ar e o filho riu.
- Olha, você esta voando Manu. - O filho gargalhava enquanto o pai andava pelo quarto segurando o menino no ar.

 Brincaram por mais uns minutos e depois Thiago o colocou na cama. Deitou ao seu lado.

- Não estou com sono. - O menino reclamou.
- Mais tem que dormir. Amanhã de manhã tem Creche. 
- Tudo bem. Amanhã a professora vai levar tinta para pintarmos. Papai, será que é possível fazer desenhos no papel que se mexem? 
- tudo é possível.
- Vou falar pra professora que hoje eu voei feito o Peter. Se ela acreditar
- Claro que vai acreditar. Sabe, você nunca pode deixar que as pessoas acabem com seus sonhos, você pode tudo Manu, basta acreditar, nem que você precise da minha ajuda, pode contar com o Papai esta bem? - O filhos sorriu e abraçou o Pai.
- Ok papai. - E caiu no sono.

 Antes de sair do quarto deu um beijo na testa do filho e certificou que a janela estava fechada. Foi para seu quarto e pegou um travesseiro e um cobertor, desceu para a sala e se acomodou no sofá, e lá passou o resto da noite.

sábado, 27 de julho de 2013

Capitulo 4

 Jeniffer apertou os olhos por causa da claridade, aos poucos foi se acostumando e se levantou. A noite havia sido cansativa, ela terminou de arrumar seu quarto. Foi para o banheiro e tomou um banho para acordar. Quando saiu se enrolou na toalha e foi para frente do armário, depois de minutos tentando escolher uma roupa se decidiu. Como estava frio colocou uma calça jeans, que colava em suas pernas, uma blusa roxa, e um moletom. Calçou tênis, estava simples mais confortável e quente. Olhou no relógio e viu que estava atrasada, buscou um pacote de bolacha e saiu de casa as pressas.

***

- Bom Dia Jenny! - Encontrou Ágata sorridente. 
- Bom Dia! - Sorriu.
- Você parece cansada.
- Não me acostumei com o horário.
- É meu segundo ano aqui. Ja estou acostumada.
- Como assim segundo ano?
- Repeti da primeira vez. - Riu - Mais era um professor chato que nos dava aula. Gosto do Thiago.
- Você já o conhecia né?
- Na verdade é porquê ano passado ele era professor na área de Pedagogia. 
- Ah, entendi.
- Por que você escolheu Psicologia?
- É uma área que tenho interesse.
- Eu gosto de psicologia, mais preferia medicina.
- Por que não faz?
- Não me daria muito bem com sangue. - jeniffer gargalhou.

 O sinal tocou e as meninas entraram na sala. Sentaram cada uma em seu lugar e o professor entrou.

***

 É como se fosse inevitável reparar em cada movimento dele, no como sua voz sai suave para responder a todos, e a como ele é empolgado para dar aula. E mais uma vez parou no olhar nele, os olhos brilhavam, e pareciam tão felizes quanto ele, mais ainda havia um ponto de interrogação lá no fundo daqueles olhos. Quando o sinal pro almoço soou ela se levantou, pegou seu pacote de bolacha e esperou Ágata, as duas eram uma das ultimas que saiam.

- Jeniffer. - Ouviu Thiago a chamar. Ágata a olhou maliciosa e jeniffer lhe deu um tapa. 
- Te espero la fora. - Disse a menina rindo e saindo. 
- Sim. - Foi até ele.
- Eu estou precisando de uma ajudante, e pensei se você poderia...
- Sim. - Falou não o deixando terminar, ele riu.
- Tudo bem. Então depois das aulas vai na sala dos professores para conversarmos.
- Sim. - Saiu da sala dando um tchau com a mão, foi pro pátio. 

***

- Isso é totalmente besteira. - Jennifer tentava convencer Ágata que insistia em falar que Thiago a olhava diferente.
- Jenny, pense, por que ele te escolheria para ser ajudante?
- Ei. - Se sentiu ofendida e Ágata riu.
- Não que você seja ruim. Mais você quase não diz nada na aula.
- Não sei Ágata, mais também isso não importa.
- Tudo bem. - Finalmente se rendeu.

O sinal tocou e voltaram para a aula, Jennifer estava pensativa e não conseguiu prestar muita atenção. Tudo parecia tão confuso, por que ele a escolheu? Ela queria ao menos parar de sentir o que sente quando ele esta por  perto.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Capitulo 3

 Quando acordou era seis da tarde. Foi ao banheiro e se enfiou em baixo da água morna. Relaxou seus músculos e saiu enrolando a toalha na cintura, foi ao quarto encontrando Laura.

- Vou começar a me arrumar ainda, troque Manuel para mim?
- Sim. 

Ela entrou no banheiro e ele se trocou, optou por uma camiseta e uma bermuda, calçou um tênis e passou seu perfume. Foi ao quarto do filho que brincava com seus carrinhos.

- Ei garotão. Vamos se trocar para ir na casa da vovó?
- Vamos fazer o que lá? - Foi pro colo do pai.
- Jantar, vovó quer te ver.

 Arrumou o filho com uma calça de moletom, uma camiseta que continha o desenho do Ben 10, desenho favorito do garoto, e um tênis que acendia luizinhas, Manuel amava aquele tênis. Desceram e esperaram Laura, assim seguiram todos para a casa dos pais dela.

***

 Thiago mantinha a cabeça longe, não gostava muito de vir a casa dos sogros, por mais que adorasse a Senhora Clarice, ela era simpática e adorável, mais ele sentia um desconforto por parte do senhor Natan. Foi acordado por cutuques de Laura.

- Sim?
- Amor, minha mãe nos fez uma pergunta.
- Desculpa, estava pensando.
- Tudo bem! - Sra. Clarice sorriu - perguntei, quando me darão mais netos. Thiago olhou Laura que sorria, voltou o olhar para Clarice e fingiu um sorriso, não que não amasse Laura. Mais não achava que ela desse conta de mais um.
- Acho que só daqui uns anos. Não estamos pensando em ter filhos agora. - Ele disse sorrindo.
- Ah sim! - Clarice olhou a filha. - Laura me parece estranha.
- Não é nada mamãe. - Sorriu.

***

- Como pôde dizer aquilo a minha mãe? - Laura estava nervosa, Thiago dirigia e Manuel dormia no banco de trás.
- Só disse a verdade. Não quero filhos agora Laura, você não consegue cuidar nem de Manuel, imagine mais um.
- acha que eu não sou uma boa mãe? é isso? Só por que não mimo meu filho? Não minto falando que os desenhos dele são maravilhosos?
- Não é só isso. Mal posso sustentar você e suas manias de compras, imagine mais um bebê. Teria que arranjar mais um emprego.
- Oras, vai começar a reclamar de a única coisa que me faz bem?Que me faz se sentir bonita para receber meu marido em casa?
- Te acho linda sem toda aquelas jóias e toda aquela maquiagem. Você gasta o desnecessário, é só isso.
- Ja chega. Se é isso que você quer, vou deixar de me divertir no shopping com minhas amigas por causa de você.
- Laura, eu...
- Esquece Thiago. Esquece.

 Seguiram o resto do caminho em silêncio. Quando chegaram em casa cada um foi para seu canto, se juntando apenas para dormir. Thiago não podia negar, estava cada vez pior conviver com Laura, não sabia o que tinha acontecido com seu casamento, até então estava tudo ótimo, mais ela simplesmente mudou, ele também mudou, e o amor que ele sentia por ela também, só tinha que aceitar que talvez seu casamento esteja a beira de acabar. E todo aquele juramento até a morte, iria por água a baixo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capitulo 2

 Estava se sentindo uma idiota diante de Thiago. Assim que sua respiração voltou ao normal  desceu o olhar para as próprias mãos, o que ele iria pensar sobre ela agora.
 
- Oi? - Ela notou aquele homem confuso em sua frente.
- Me desculpe, não estou muito bem. - Mentiu e o viu assentir. - O que o senhor estava falando?
- Por favor, sem senhor, apenas Thiago. Na verdade só te chamei pois estranhei você ainda estar aqui.
- Eu estava na biblioteca pegando uns livros.
- Ah. claro. - Olhou os livros que ela "abraçava" - Ótima escolha.
- Sim. 
- Bom, eu tenho que ir, estou atrasado.
- Esposa? - Sorriu
- Na verdade preciso pegar meu filho no colégio.
- Ah, você tem filhos?
- Um menino. De 5 anos.
- Então casou cedo? - Começaram a andar para a saída.
- Sim. Casei com 22. 
- Como é o nome da sua mulher?
- Laura.
- Lindo nome. E seu filho?
- Manuel. - Sorriu a olhando - na verdade eu queria Daniel. Mais como sabe, mulheres decidem, nós apenas damos sugestões. 
- Acho Daniel bonito. Nome de anjo. Meu primo chama Daniel. - Chegaram no estacionamento.
- Agora eu vou mesmo.
- Eu falo demais. - Riu nervosa - Até amanhã.
- Até amanhã. - Ele sorriu e ela se virou indo embora.

***

 Fazia poucos dias que ela estava naquela casa, colocou os livros encima de uma caixa de papelão e olhou a bagunça da mudança. Nunca terminaria de arrumar tudo. Foi para a cozinha em busca de um lanche, abriu a geladeira e pegou o bolo que havia comprado na noite passada. Encostou no balcão e colocou uma colherada na boca, se lembrando dos acontecimentos da manhã. Sorriu. Achava ele tão elegante e descolado ao mesmo tempo. Conseguia ver em seus olhos algo desconhecido, ele tinha algo que escondia muito bem. Por que se sentia tão diferente perto dele? Por que pensa tanto naqueles olhos, naqueles lábios, naquelas mãos, céus como em um dia conseguia colocar uma pessoa em sua cabeça e não conseguia tirar. Um homem casado, de família, com um filho novo, amado pela esposa, e com certeza ele a ama  igualmente. Deve ter a vida perfeita. Ou não. Mais ela preferia achar que sim. Tinha que esquece-lo. Colocou o prato sujo na pia e foi pra sala. Tinha que se distrair, tinha que arrumar a casa. Por que não ajuntar o útil ao agradável?Nem tão agradável assim. Não suportava arrumar a casa.

***

- Pai! - Manuel pulou em seu colo.
- Ei garoto. - Thiago sorriu ao pegar o filho.
- Você demorou. 
- De novo né.
- De novo. - O menino sorriu
- Vamos para casa. - Thiago seguiu para o carro.
- Fiz um desenho. Mais não ficou bom.
- Como assim?Todos os seus  desenhos são bons.
- São?
- Claro. Acho até que quando crescer pode ser artista. 
- Mamãe não acha.
- É porque ela nunca reparou no grande artista que você é.

 Colocou o filho no banco de trás e seguiu para a casa. Quando adentrou a sala o menino saiu correndo pra cozinha, Thiago sorriu e colocou suas coisas na mesa.

- Oi Amor. - Laura descia as escadas sorrindo. - Vou ao salão hoje. De noite temos um jantar.
- Onde? - Perguntou se sentando no sofá.
- Na casa de minha mãe. Ela quer ver Manuel.
- Falando em Manuel. O que você disse para o menino sobre os desenhos dele?
- A verdade. - Sorriu sentando no colo do marido - Que são apenas palitos com roupa.
- Laura! - A repreendeu.
- O que foi? Queria que eu tivesse falado que estava maravilhoso e que ele era um artista?Para que iludir o menino se não é verdade? - Ele a tirou de seu colo e se levantou.
- Ele é apenas um garoto. Precisa ter sonhos Laura.
- Sonhos. Só se tem sonhos dormindo.
- Vou subir. Estou muito cansado. Me faz um favor? Tente não desapontar Seu Filho! - Subiu as escadas a deixando sozinha.